PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ANEMIA FERROPRIVA NA INFÂNCIA NA REGIÃO NORTE DO BRASIL NO PERÍODO DE 2008 A 2018

Introdução: A anemia ferropriva é caracterizada pela deficiência do ferro no organismo, gerando diminuição do carreamento de oxigênio pela hemoglobina. Essa alteração férrica corresponde a 60% das anemias pediátricas. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico da anemia ferropriva na infância, mediante comparação da região norte ao restante do Brasil. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, no período de 2008 a 2018, baseado no número de internações de crianças de 0 a 4 anos, realizado através dos dados armazenados no Ministério da Saúde (DATASUS, SINAN), disponíveis na base online TABNET, fazendo comparativo com a última Diretriz. Resultados: De acordo com a Diretriz N° 02, de junho de 2018, a maior prevalência da anemia ferropriva em crianças, ocorreu nas regiões Norte e Nordeste, tendo como um dos principais fatores de predisposição as condições socioeconômicas. No entanto, segundo o estudo realizado pelo Ministério da Saúde foi constatado 9573 casos no Brasil dessa alteração férrica, em que no Nordeste houve N= 3698, no Sudeste N=3002 e Norte, N=901, confrontando a princípio a Diretriz vigente. Portanto, a região Norte apresentou 24,36% do casos, em que 56,7% desses correspondem ao sexo masculino e 43,3% ao sexo feminino. Conclusão: Por esse viés, houve uma contradição entre a Diretriz vigente e o estudo realizado, demonstrando que o norte do País não foi uma das regiões de maior prevalência da anemia ferropriva infantil. Dessa forma, se faz importante um melhor consenso entre a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Ministério da Saúde, para avaliação mais precisa sobre tal enfermidade por região, uma vez que essa tem como principal causalidade as condições socioeconômicas. A anemia ferropriva é mais que uma doença, é uma emergência médica.

Descritores: Anemia ferropriva; Infância; Região; Socieconômico.