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Anais da 4ª Semana Integrada de Ciência e Tecnologia de Gurupi/TO (SICTEG): Ciência para Redução das Desigualdades

OCORRÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA EM 2017 NO NORTE DO BRASIL, UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Título do Trabalho

OCORRÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA EM 2017 NO NORTE DO BRASIL, UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Autores

Vanessa Cristina Ferreira Nogueira, Enida Lane Souza Oliveira, Camilla Moreira De Melo, Thaís Coelho Aguiar, Adolpho Dias Chiacchio

Modalidade

Pôster / Resumo Expandido

Área Temática

Ciências da Saúde (CS)

DOI

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Resumo

Introdução: A sífilis congênita é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Treponema Pallidum, pode ser transmitida durante a gestação quando este atravessa a placenta, ou durante o parto. (GOMEZ et al., 2010).   No Brasil, nos últimos cinco anos, observou um aumento constante no número de casos de sífilis em gestantes, congênita e adquirida, sendo um problema de saúde publica (BRASIL, 2017). No mundo a sífilis afeta anualmente um milhão de gestante, ocasionando mais de 300 mil mortes fetais e neonatais (OMS, 2015). Objetivo: Estimar a ocorrência de sífilis congênita no Norte do Brasil em 2017 e associar os casos aos fatores maternos. Metodologia: Levantamento epidemiológico com caráter transversal baseado no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) no ano de 2017, com análise dos casos confirmados e notificados de sífilis congênita. Dados analisados: Notificação por estado, sexo, natimorto/aborto por sífilis, faixa etária; realização de pré-natal, escolaridade da mãe e parceiros tratados. Resultados: O norte do Brasil notificou 2560 casos de sífilis congênita em 2017, o Estado da Amazonas obteve destaque com 36% dos casos, seguido do Pará e Tocantins, com 34,8% e 13,5% respectivamente. Das crianças acometidas, 49,8% são do sexo feminino e 47% masculino, não identificou o sexo em 9,2% dos casos. Houve 1,9% de natimorto/aborto decorrente da sífilis, desses 64% eram do Pará. Foram notificadas 96,3% recém-nascidos com sífilis congênita com até 6 dias de vida, os demais até 1 ano de idade. Em relação às mães, 79,8% realizaram pré-natal. Destas, 62,2% tiveram diagnóstico de sífilis durante a gravidez, 99,8% iniciaram o tratamento e apenas 34,2% tiveram seus parceiros tratados. No Estado do Pará obteve destaque de parceiros não tratados, com 43% casos. Quanto à escolaridade geral, 53% não tinham ensino fundamental completo e 1,2% concluíram o ensino superior. Conclusão: Observamos uma expressividade de transmissão vertical de sífilis na região norte do Brasil, casos estes que poderiam ser evitados com diagnóstico precoce da mãe e tratamento adequado, assim como para o parceiro. Notamos mães em sua maioria com baixo nível de escolaridade, o que dificulta a comunicação em saúde, a sensibilização em aderir aos meios preventivos, bem como ao tratamento. Fatos que podem estar relacionados à falha no processo assistencial do pré-natal, diagnóstico precoce e tratamento adequado. Sendo assim o principal meio de redução e controle da sífilis congênita é a assistência de qualidade no pré-natal.

Descritores: Sífilis Congênita. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Saúde Pública.

ISBN

978-65-00-94313-9

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